quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Nas vésperas do 12 de Outubro (dia de Professores) um grupo de 15 docentes da EPC Agostinho Neto visitaram o PNG

As paisagens dentro da Gorongosa são muito abertas e a vida selvagem bastante exposta desde Junho até Novembro. Em 2010, muitos nacionais visitaram o Parque Nacional da Gorongosa no verão. Uns vinham nas viaturas próprias e acompanhados de alguns membros de família. Outros, como os professores da Escola Doze de Outubro, funcionários da Fábrica de Cervejas da Beira, dirigentes municipais de muitos municípios, alunos de escolas à volta do Parque e de outras regiões como Manica e Beira visitaram o Parque.

Venha ver os passos que estão a ser dados num esforço de recuperar o Paraíso Perdido de África,
Esperamos por si em Abril.

Muitos moçambicanos tornaram o Verão muito activo no Parque Nacional da Gorongosa.

Para além do governante máximo da província de Sofala que acaba de encerrar as portas do Parque Nacional da Gorongosa, outra figura de muita relevância política que não se conteve sem visitar a jóia em restauração foi Filipe Paunde, o Secretário Geral do partido no poder. Filipe Paunde adorou a sua breve passagem pelo Parque e reconheceu que os trabalhadores de restauração estão num bom rumo. Os dois grandes dirigentes visitaram o Centro de Educação Comunitária, inaugurado a 23 de Julho de 2010 pelo Sua Excelência Ministro do Turismo de Moçambique, o Dr. Fernando Sumbana.

Visite a Gorongosa e deleite-se com as maravilhas que estas terras oferecem ao espírito humano.

Parque Nacional da Gorongosa encerra sua época turística com a visita do Vice-Ministro das Obras Públicas e Substituto Legal do Governador de Sofala.

As maravilhas da Gorongosa ultrapassam a capacidade contemplativa de muitos nacionais e internacionais. Recentemente, ainda no gozo das suas folgas, o Vice-Ministro das Obras Públicas e Substituto Legal do Governador de Sofala escalou a Gorongosa para uns três dias descanso e convivência com as paisagens, animais e humanos que dia a dia lutam por restaurar a Gorongosa para a sua posição de Paraíso Perdido de Africa.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Que ritmo de vida totalmente dependente dos favores da mãe natureza?

Aqui somos muito naturais. Vida simples, quase 99% dependente da fertilidade da terra. Depois uma bicicleta para facilitar o transporte da producao agricola para o mercado mais proximo sempre que sal, peixe seco, uma nova enxada for necessaria.
A nossa mulher comeca desde crianca a aturar o que dela se espera ao crescer. Disso a tradicao lhe preparou desde os tempos emoraveis. Entre os homens esta ela, indiferente do seu encargo. Ainda que crianca, e' ela quem deve aprender a carregar outras criancas.
Mas tambem na Gorongosa se sabe contemplar.

Será por isso que o Ecossistema da Gorongosa é tão rico?

Que riqueza tem este solo? Quase tudo posto nele cresce e se desenvolve sem escolha. Meu colega Almiro plantou o coqueiro há 3 anos atrás. Já tem cocos!

Depois de cinco dias, a equipa de captura de bufalos consegue 21

21 bufalos ja se encontram no Santuario do Parque Nacional da Gorongosa Translocados da Reserva de Marromeu. Os animais chegaram ontem, por volta das 6 horas e foram imediatamente descarregados no Santuario bravio da Gorongosa. A translocacao contou comm a participacao de tecnicos vindos de tres instituicoes diferentes, nomeadamente do Parque Nacional da Gorongosa, da Reserva de Gile e da Africa do Sul. O processo iniciou na ultima 5a feira e terminou ontem segunda feira. Em principio estava previsto a captura de 120 bufalos, dos quais 60 seriam para o Parque Nacional da Gorongosa e os restantes 60, depois de uma analise laboratorial no Santuario da Gorongosa, seguiriam para a Reserva de Gile. No entanto, desta vcez a captura frustrou os planos iniciais. De acordo com o Dr Carlos Lopes Pereira, muitos bufalos ja tinham atravessado um afluente do rio Zambeze para a outra margem. Dado que a equipa apenas tinha um unico helicoptero disponivel, nao foi possivel fazer atravessar os bafalos para a margem onde estavam os carros. Apenas 21 bufalos foram capturados. Os capturados estavam nas zonas criando desmandos nas culturas e impedindo os humanos de acederem a dois furos de agua. Apesar de se ter apenas um helio, foi facil imobilizar e capturar todos 21 bufalos que estavam na zona acessivel. A campanha vai continuar assim que se conseguir mais outro helicoptero para facilitar a conducao dos animais para a area onde a operacao de captura pode ser possivel. Mais adiante, Dr Carlos sublinhou que os 21 bufalos segyirao pra a Reservad e Gile dado que, comparativamente a Gorongosa, Gile tem mais carencia de bufalos.


segunda-feira, 1 de novembro de 2010

O nosso turismo nao se desenvolve apenas em torno de animais

A Gorongosa tem toda uma gama de atractivismos turisticos. Desde animais ate a praticas cultuais, agregamos muitas pessoas curiosas. Em cima, trata-se de uma cerimonia cultura em honra dos antepassados. Trata-se de um dos momentos mais solenes entre os vivos e os mortos em prol do bem estar da Gorongosa.

Plante e saiba cuidar das plantas.

Plantamos e cuidamos da plantas.

São vários os residentes da Gorongosa, pois não?

A riqueza da Gorongosa ultrapassa a imaginacao.

Que tal se entrasse um camaleao na sua casa sem você se aperceber?

Se quiser um desafio, venha ver a Gorongosa.

Quando a Gorongosa se une para honrar os herois

Depois da Independeicia nacional, surgiram muitos herois. Os antigos herois estao para a historia. A nova pagina Independente tem seus momentos a volta da praca sempre que se celebra um dia especial ligado a nova pos-independecia na Gorongosa.


Recuperando os filhso que se evadem da Gorongosa para outras areas

A conservacao esta no centro das atencoes da grande regiao da Gorongosa. Os filhso que se evadem desta zona serao recolhidos para se juntarem aos irmaos dentro da area da conservacao.

Outras bibliotecas moveis da Gorongosa

Na Gorongosa somos produto do passado. Para vivermos o presente, importa-nos saber ler o passado e retirar dele o que de util foi. Sem o passado o presente fica confuso, obscuro e o futuro totalmente compremetido com a ignorancia.


A paisagem e os atractivos turisticos da Gorongosa nao tem igual

As paisagens da Gorongosa sao inegualaveis.

O futuro da regiao da Gorongosa depende deste inocentes.

A camada que realmente podera trazer mudancas.

Como manter meninos de longe na Escola?

Olanche escolar foi introduzido para lutar contra a desistencia infantil da escola. Como manter criancas que percorrem grandes distancias na escola sem abandonar as aulas?

Com olhos contemplamos a tecelagem local?

Ser ou nao ser (9)?

A radio continua a ser a unica maneira de muitas pessoas dentro das comunidades obterem informacao.  

Ser ou nao ser (8)?

Um quintal tipicamente local.

Ser ou nao ser (7)?

Esta senhora nao tem 15. Ja esta casada ha mais de 3 anos. Teve de deixar a escola para se juntar ao marido. Ja com o marido, a vida segue a regra - a rotina de uma mulher na comunidade local como se ver na foto. Ate quando o mundo vai assistir este cenario se repetir em mais meninas na regiao da Gorongosa?


Ser ou nao ser (6)?

A globalizacao exige mais do que estas praticas. A Pior, estas senhoritas compram a massaroca, para depois venderem. O que se espera deste estilo de vida? Para alterar, nada melhor do que apostar nas criancinhas, que elas nao sejam casadas aos 8, 9, 10 anos. Que elas descubram outras formas de sobreviver diferentes de comprar e vender massarocas.

Ser ou nao ser (5)?

Este ritmo de vida nao esta errado. Porem, precisa de adequar-se aos novos desafios da sociedade em que vivemos. Enquanto nao podemos recuperar as adultas e idosas, ao menos que ajudemos a nova geracao a experimentar outros estilos de vida.

Ser ou nao ser (4)?

Ser ou nao ser? Depende da atitude que formos a tomar diante da camada mais necessitada de emancipacao. Nao convem que continuemos a assistir a nossa mulher ficar presa as actividades tradicionalmente praticadas na comunidade enquanto as outras mulhers avancam com o progresso do mundo moderno. Vamos dar oportunidade a nossa mulher experimentar outros interesses, outros estilos de vida, outras maneiras actuais de viver no mundo que nos rodeia.  

Ser ou nao ser (3)?

Eis algum exemplo do  ritmo de vida da nossa mulher local na regiao da Gorongosa.

Ser ou nao ser (2)?

Conscientemente, que ser humano que nunca precisou de ser da mao de outros para poder atingir certos estatutos sociais?  A sociedade paternalista da Gorongosa  concebeu um estilo de vida para os seus filhos. Tal ritmo de vida vem de geracao em geracao, por isso, pode se considerar ja tradicional. Esse estilo de vida que podemos considerar de tradicional inclui ritmos de vida basicamente voltados a ressolucao de necessidades primarias como a alimentacao, a habitacao, o vestuario a maneira local, a recreacao a maneira local. Novos elementos como dominar o alfabeto, viver de um trabalho assalariado, tirar uma carta de conducao, ser artista a maneira moderna, etc, precisam de serem introduzidos na crianca desta regiao onde as escolas, os hospitais, os centros de formacao profissional ainda nao entraram muito para criar um impacto no ritmo da vida local. Por isso mesmo, criancas como as da imagem acima, estao condenadas ao ritmo de vida que ja nao se ajusta a sociedade moderna actual. Essas criancas, enquanto nao encontrarem um padrinho interessado em ajuda-las a experimentar escola e outros estilos de vida, ela ja mais irao pensar que existe outra forma de viver que seja com enxadas nas maos a atras das tantas arvores que pereceram.

Ser ou nao ser?

Ser ou nao ser? Todo seres humanos, em algum momento da sua vida, precisaram de apoio. Um primeiro apoio nos prontamente dado pela mae. Ela introduz nos no mundo social.

sábado, 30 de outubro de 2010

O grupo de Muera não é o únuco que usa instrumentos locais

O grupo de varimba de Nhancuco, igualmente da Serra da Gorongosa, mais próximo as Cascatas sobre o rio Murombodzi também usa instrumentos feitos em casa e demostra muita cordenação. Este grupo, como se pode ver acima, consegue coordenar, com extrema facilidade, a varimba com batuques criando um som bastante difícil de sair dos ouvidos mesmo depois do grupo se retirar do palco. Vamos apoiar as iniciativas locais a ganharem expressão e valor. O Parque da Gorongosa já deu o impulso inicial. Quem se voluntaria a dar continuidade da promoção destas actividades?

A emoção é incalculável nos grupos quando apresentam as suas artes

Este grupo acima é proveniente de uma região da Serra da Gorongosa chamada por Muera. Depois de percorrer cerca de 50km, o grupo chega a sede da vila da Gorongosa, um dos lugares onde as manifestações culturais costuam ter lugar. Usando os seus instrumentos tradicionaos feitos nas casas, o grupo apresenta um conjunto muito interessante cantando em líguas locais assuntos fortemente ligado a vida comunal. Depois das grandes oportunidades que o Parque Nacional da Gorongosa abriu para este grupo, actualmente a actuação do grupo já é conhecida a nível provincial e até nacional. De um pequeno grupo que o Parque descobriu no interior, na Serra, hoje os talentos do grupo consquistam um espaço na arena musical nacional. Apenas faltam patrocinadores que possam dar ao grupo mais força e recursos. O Parque ajudou a abrir caminho.
De acordo com, Rodrigues, um dos principais mentores do grupo e chefe principal do grupo, os desafios são enormes agora que passarão de domínio local para provincial e nacional. Bem gostariam de puder ter pelo menos um disco gravado e escutado um pouco pelo mundo amante amante da música. Quem poderá continuar a ajudar a este grupo do interior da Gorongosa a elevar o seu talento para mais além?   

Um grupo de crianças dançarinas a almoçar

Estes momentos, como se pode ver na foto acima, são muito importantes na vida de uma criança local. Nas comunidades à volta do Ecossistema da Gorongosa não se tem o hábito de tomar alguma refeição fora de casa. Excepções são quando uma família decide ir visitar um familiar ou amigo muito próximo. Aí sim, se alguma criança tiver ido, poderá tomar refeição fora. No entanto, a criança tomará a refeição a força se os pais não a tiverem autorizado previamente, sobretudo quando uma criança for mandada à uma casa de um conhecido e não familiar. Mas durante os eventos culturais promovidos pelo Parque Nacional da Gorongosa a situação é completamente diferente. As crianças sãem das casas dos pais com autorização não unicamente dos pais, mas também da liderança tradicional e administrativa local. E até são acompanhadas por um responsável local até ao ponto de convívio.
Depois de trazidos das suas zonas de origem os dançarinos tomam pequeno almoço e vão actuar no palco. Finda a actuação de todos os grupos, regressa-se ao local de hospedam e toma-se almoço. Em cima esta um grupo de crianças dançarinas a tomarem o seu almoço. Parabéns Parque por ajudar a promover a cultura local garantido que logisticamente os eventos possam se realizar num clima de alegria e segurança.

Muitos administradores dos distritos têm vontade de apoiar, mas precisam de parceiros.

Muitos administradores dos distritos à volta da Grande Gorongosa promovem a valorização da cultura local. Sempre os vemos acompanharem o desenrolar dos intercâmbios culturais.

As pessoas se lembram e pedem sempre colaboração porque a alegria tem sido enorme

Os locais têm o seu talento. Mas a luta pela sobrevivência, que nas comunidades da Gorongosa se resume em práticas agrícolas, de caça, de corte e queimada, de construção de palhotas, etc, são mais preferidas porque os seus resultados são imediatos no combate a fome, a falta de vestuário, de habitação. Mas a recreação é outra componente muito importante para o equilíbrio da vida pessoal e social. A recreação ajuda no equilíbrio da saúde. Para isso, os locais também contam com muito talento a maneira folclore. O que muito carece é a valorização dos eventos culturais que localmente não rendem pão. Poucas pessoas cultivam esses talentos que não resolvem os problemas de fome. E gostam de oferecer o que sabem para o deleite de muitos que apreciam essas formas de manifestação cultural.
                                 Onde, então, fica a limitação das pessoas locais?
É na oportunidade dos detentores desses saberes poderem mostrar ao resto da comunidade geral e ao mundo interessado, as suas habilidades. Por si só consomem produzir seus instrumentos musicais feitos a partir do material existente localmente. O que muitas vezes precisam é uma motivação externa em formas de disponibilidade de lugares, transporte, alimentação, prémios, etc, para assim poderem expôr o seu talento para um público maior. Para já, o Parque Nacional da Gorongosa, de quando em quando tem vindo ajudar nesse sentido pois não existem casas de culturas a nível local e outras instituições ainda não surgiram para apoiar as iniciativas locais a desenvolverem o lado recreacional.

Autocarro do Parque da Gorongosa a recolher dançarinos das comunidade para a praça do Município da Gorongosa (2).

Assim é como os dançarinos são recolhidos das suas zonas de proveniencia para um lugar escolhido em coordenação com as autoridades locais para o decurso do intercâmbio cultural. De zona em zona, os autocarros e Nissans e Landcruisers trazem e devolcem os dançarinos em ambiente que criam, não apenas boas expectativas, mas encorajam e dão muito ânimo aos velhos, adultos, jovens e crianças das comunidades à volta do Ecossistema da Gorongosa. Quer na ida ou na vinda, o ambiente tem sido muito festivo.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Água para os búfalos prestes a chegar no Parque

Água é simbolo de vida. Os animais de percorrerem logas distancias de Marromeu para Gorongosa, precisarão de encontrar água para beber. O Sebastião Saize com a sua equipa já organizaram 1500 litros para cada 30 búfalos que irão se albergar em cada um dos quatro compartimentos do Boma.

Parte dos prepativos antes da chegada de búfalos no Santuário da Gorongosa

A 3a vinda de búfalos para a região da Gorongosa está a mexer com toda a gente. Mas se existe quem está a pôr mãos no Boma do Santuário do Parque Nacional da Gorongosa, esse é o senhor Sebastião Saize e sua equipa. Sebastião já conseguiu trazer ao Boma o panicum maximu (in english Guinea grass) que uma das espécies de preferência dos búfalos. Para além, do capim panicum mmaximu, também já se encontra a disposição dos búfalos o capim localmente conhecido por mabande. Sebastião diz que um tractor ainda vai trazer o Setaria Incrassata (In english Bristle grass) outro tipo de capim de capim de preferência.   

O conceituado Hendrik e oTurismo no Parque Nacional da Gorongosa

Hendrik Pott Jr é o símbolo de Vendas, de Acomodação, das actividades de Hotelaria do Parque Nacional da Gorongosa (PNG). Para Hendrik Pott, a vontade de prestar sempre bons trabalhos a quem quer que seja que esteja no Chitengo faz com ele não se confine a uma única actividade. O seu destaque começa na venda das facilidades e atractivos turísticos que o PNG tem. Para essa actividade, Hendrik senta-se no seu tradicional escritório (numa secretária dentro da Recepção desta instância turística). Ai ele atende chamadas que lhe são transferidas pelos recepcionistas Carlos Monteiro, Quisito Colher Servente, Alberto Baera, Henriques Arão Balate, João António do Rosário. A seguir, ele programa as vendas, confirma as transacções, assegura que os clientes se sentem muito bem e todos comeram. Hendrik também assegura que os turistas dormiram a vontade e gostaria de ter visitado o PNG. No entanto, Hendrik não para apenas com o atendimento aos turistas e visitantes. Como se pode ver na foto acima, Hendrik está igualmente a servir aos seus colegas sem nenhum complexo. Pessoas como Hendrik são bastante importantes para o progresso de um trabalho muito bem planificado, organizado e sobretudo um trabalho empenhado onde cada um sabe muito bem o que se espera dele, quando, onde e até como. Parabéns Hendrik Pott, pelo seu abnegado esforço de coordenar, gerir e servir a todos de igual maneira. Bem haja.   

O ambiente na Gorongosa começa a mudar com breve chegada de búfalos de Murromeu.

O centro principal das actividades de Conservação da região da Gorongosa, o Parque Nacional da Gorongosa, esteve hoje em ambiente de festa dois dias antes da chegada de 60 novos membros que passarão a fazer parte da família desta região. Muitos colaboradores e trabalhadores do Parque tiveram uma sentada com os seus respectivos chefes para reflectir sobre os 50 anos que o Parque celelbrou no dia 23 de Julho último e também aproveitar reflectir sobre a breve chegada dos búfalos translocados da Reserva de Marromeu para o interior deste Parque que bem os deseja. A direcção da empresa aproveitou a oportunidade para endereçar o seu profundo agradecimento pelo desempenho abnegados dos seus trabalhos em prol da protecção dos animais e no atendimento dos visitantes e turistas. ´Há muita que andou tão bem este ano de 2010. Por exemplo as construções, reparações de infra-estruturas, abertura e reabertura de vias de acesso dentro do Parque, manuntenção das antigas picadas, muita actividade de restauração e sobretudo muita protecção dos animais. Lembrem-se que este ano tivemos um convite há dois mese atrás manifestado por três comunidades da localidade de Bebedo em Nhamatanda. Nós fomos depois à Micheu onde, para além da própria comunidade, estiveram representadas ainda outras duas comunidades, nomeadamente Madangua e Vinho. Como todos aqui sabemos, estas três comunidades sempre tiveram problemas de conflito homem animal e se queixaram contra a ineficiência da protecção que lá mandávamos. No entanto, este ano as coisas aconteceram de outra maneira. Devido ao bom desempenho dos nossos colegas fiscais, este ano não tivemos queixas nem um único problemas naquelas três comunidades. Razão pela qual, as três comunidades junto com os seus líderes locais decidiram fazer uma festa e convidaram o Parque. Lá, fomos agradecidos pela boa protecção não apenas das pessoas, mas também das machambas. O milho das comunidades não foi destruído pelos elefantes em 2010. Portanto, tudo isso indica o bom desempenho de todos nós como equipa. Hoje quero agradecer-vos por este espírito de trabalho e desejar ainda que continuemos a trabalhar sempre com o mesmo espírito de equipa para pudermos alcançar mais ganhos. Amanhã ou depois, vamos receber búfalos que vêm da Reserva de Marromeu. Gostaria que todos nós podéssemos estar presentes e prestássemos o nosso máximo para que o processo decorra da melhor maneira possível e os búfalos se sintam em casa...´ expressou-se Todd Hasselbeck, Director Geral e Director de Operações e Infra-estruturas do Projecto de Restauração da Gorongosa. Todd falava para uma audiencia de mais de 250 trabalhadores que hoje se reuniu no Chitengo, acampamento principal do Parque Nacional da Gorongosa.  

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Que medimentos os senhores usam nas vossas tradições para corrigir defeitos de vista?

Por aqui, o ntsambo serve para corrigir defeitos de vista.

O normal da vida depois do milho estar em casa

Depois da recolha do milho, chegado o período de semear ou de se ir a moagem, o milho é debulhado a nível familiar em ambientes diferentes. Este é um dos ambientes em que, numa família, o milho está a ser debulhado.

Reflectindo sobre o passado e o declínio da moral da região da Serra da Gorongosa

Depois da morte do regulo Marcelino Manuel Sadjungira, um grupo local continuo a reflectir sobre o passado, o presente e a siatuação que transita para o futuro. Não há dúvida que muitos jovens já não têm tempo para sentar com os mais velhos e ascultar-lhes a sabedoria acumulada. Os jovens estão desafiados com a nova escola, os filmes, os novos tipos de jogos. Ao final do dia, o cansaço toma conta dos jovens e não lhes resta tempo para sentar com os pais e avós para aprender sobre as regras que mantiveram a comunidade  durante todo o tempo que viveram na região da Gorongosa.

Negociando a retirada de pessoas do interiro do Parque Nacional da Gorongosa para a periferia

No dia 27 de Setembro de 2010 a comunidade de Mueredzi teve uma reunião decisiva na qual se decidiu que a sua retirada  deles vai depender do término das construções de cerca de 72 casas para as 72 famílias. Como se pode ver na imagem, estes são os humanos que residem dentro do Parque Nacional da Gorongosa. Apesar da sua parte cultural, esses humanos deverão deixar a área a favor dos animais. Várias esses residentes viram suas culturas, casas e criações agredidas pelos elefantes, leões, e outros animais que reclamam o seu território depois de anos de alguma paz na região.

Durante as cerimónias os líderes tradicionais são titulares dos seus poderes de mediadores.

As cerimónias tradicionais ocorrem em momentos especiais. Geralmene são durante as inaugurações, aberturas de épocas turísticas como é o caso das cerimónias no Parque Nacional da Gorongosa. As cerimónias ainda podem ocorrer quando alguma coisa anda mal no ritmo normal de vida, por exemplo, quando há atraso da chuva, quando animais ferozes ameaçam as povoações, quando se pretende ter bons sucessos em determinadas actividades, etc. A cerimónia acima tem a ver com a abertura da época turística.

Parte essencial da responsabilidade da autoridade tradicional.

A cerimónia tradicional, localmente conhecida por Ntsembe, é uma das responsabilidades exclusivas que as autoridades tradicionais ainda detêm o máximo do seu poder. Para os outros casos, são apenas um tapa furo.

Fardamento típico de um chefe tradicional local na região da Gorongosa

A autoridade tradicional local tem cada vez menos poder na comunidade local. O que resta para este tipo de líderes é presidir cerimónias tradicionais e funcionar como biblotecas apenas em momentos de muita crise ou de campanhas específicas. Fora desta influência, resta-lhes a profunda credibilidade que alguns membros da comunidade ainda mantêm nestes tipos de líderes.

Mesmo com as grandes privações diárias pela dureza da vida, ainda as violas locais existem.

Os mestres locais ainda lutam por manter o seu talento vivo. Depois de regressados das machambas nas empenas da Serra da Gorongosa, estes nativos ainda conseguem tempo para tocar alguma guitara feita em casa.

Dentro da comunidade, um ritmo de vida normal num ambiente familiar

A região é rica de tradições, costumes, crenças e hábitos que de geração em geração para sendo transmitidos dos mais velhso aos mais novos. Assim, as crianças andam sempre perto dos adultos quando estes praticam as actividades. Vendo o que os adultos fazem fazem, as crianças assimilam e vão implementando aos poucos.


Que futuro para estas meninas senhoras?

As mesmas actividades rotineiras que suas avós, mães e outras mulheres da zona sempre fizeram, continuam a ser a regra a seguir para estas meninas cujo futuro está limitado pelos casamentos. Os seus maridos, de tanto ciumentos, as retiraram das escolas para evitar que os professores e colegas de turmam as apreciem e tentem ter alguma relação sexual com elas. Em casa, o estilo de vida é o mesmo, ir a moagem, buscar água, lavar roupa do marido e da família dele, buscar lenha, cozinhar, ir a machamba, entre outras actividades que as comunidades locais tradicionalmente praticam. O Progresso? O futuro melhor?

Estas meninas, cuja mais velha à direita tem apenas 15 anos, são casadas há mais de 3 anos.

Os casamentos prematuros são também um dos grandes desafios nas comunidades da região da Gorongosa. Como conseguir convencer a comunidade local a deixar que as meninas permaneçam mais tempo na escola e consigam lutar por um futuro melhor?

Porquê é que as comunidades à volta do PNG são as mais pobres da região?

De entre os cerca de 250.000 habitantes da zona tampão do Parque Nacional da Gorongosa (PNG), a maioria vive em extremas privações, sem muita esperança de ter um futuro melhor enquanto não se lançar uma mão de apoio a favor deles. Associado a extrema pobreza, está o facto de casamentos pre-maturos que meninas em tenra idade são obrigadas a irem para seus lares e levarem uma vida adulta. Porém, 2015 fica bem próximo de 2010 e esta é a realidade da maioria das nossas crianças nas comunidades dentro do Ecossistema da Gorongosa. Dê o seu apoio para que se reduza esta carência extrema.

Como reduzir ou estancar esta prática que dizima florestas e florestas?

Uma andança pelas comunidades do grande Ecossistema da Gorongosa traz à mente diferentes realidades. Alguns dos factos com que nos deparámos põem o estado de espírito em perfeitas contemplações. Alí parámos e damos graças ao sábio criador. No entanto, outros factos deixam-nos inquietos. E estes são os resultantes da acção humana sobre o meio ambiente a sua volta. Muitas das vezes nos deparámos com situações como a imagem acima nos mostra. Algumas das perguntas que ocorrem têm sido:
1. que tal se as árvores um dia pudessem reagir contra o que delas se faz?
2. Que tal se as árvores pudessem ter um tribunal, não penal internacional, mas tradicional e local?
3. Que tal se árvores um dia podessem dizer chega a guerra contra a flora?
4. Que passos devemos tomar para compreender que é possível vivermos com os recursos à nossa volta sem necessariamente extinguí-los?
5. Até quando vamos continuar a assistir uma atitude destas quando existem métodos alternativos de se conseguir mais cereais?

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

As formigas matabele estavam a atravessar a picada e Moisés, nosso motorista, teve de parar.

Mesmo sabendo que os trabalhadores precisam de chegar ao acampamento, tomarem pequeno almoço, antes das 7:30, horário de entrada para os seus sectores de trabalhar, o Moisés parou de novo o autocarro depois de parar para as pala-palas, porque viu uma coluna de formigas matabele a atravessar a picada. Conduzir numa zona de conservação acarreta sempre muita atenção aos motoristas. Talvez esta é uma das razões principais porque o Parque Nacional da Gorongosa não permite que carros circulem dentro das picadas com uma velocidade acima de 40 km/hora. Esta velocidade pode assegurar que os motoristas consigam notar com antecedência não apenas animais grandes, mas também os ínfimos como a família de formigas matabele a cruzarem a picada. Parabéns motorista Moisés pela atenção e espírito de conservação. Continue a dar o bom exemplo não pisando os animais que estão no normal da sua vida numa zona de muita urgência para a conservação.

Quando autocarro parou, os animais dividiram-se para as duas margens da picada (2)

Em dois grandes grupos, as pala-palas dividiram-se desorganizadamente. Assim que o autocarro continuou a marcha, 10 km mais tarde, teve de parar de novo. Desta vez ninguém sabia a razão porque o motorista Moisés parou. Ele sozinho tinha descoberto uma outra grande família que cruzava a via. Era uma tropa difícil de ser vista. Chamando-me para frente, consegui ver de que tratava e aproveitei tirar uma foto. Conclusão na próxima postagem já a seguir.

Paisagens que nos saudaram logo pela manhã enquanto entrávamos no Parque (1)

Amigas e amigos, a recuperação da família dos animais no Parque Nacional da Gorongosa está a ser um grande sucesso. Parabéns ao Projecto o MITUR e o Projecto de Restauração da Gorongosa. É muito impressionante, numa manhã nublada, a picada principal que dá acesso ao acampamento aparecer com o trânsito completamente bloqueado. Mais de 100 pala-palas devem ter pernoitado no piso limpo da picada. Porque o nosso autocarro foi o primeiro, importunámos uma população inteira de impalas que se acamara na via. Claro, para nós no autocarro a alegria foi total: 
_´Oh, o que é aquilo na via?´
_ ´´São elefantes,
_´Não não, são búfalos.´
_´Não, parece um conjunto de boi-cavalo.´
Por ai ia a discussão. Cada um queria ser o primeiro a ser capaz de identificar o conjunto de animais. De quem vinha cada expressão? Pela excitação, não foi possível descobrir. A verdade é que, quando já estavámos muito próximos dos animais, o motorista parou e desligou o motor. Foi então quando as dúvidas se dissiparam. Era mais de uma centena de pala-palas. Os animais dispersaram para ambos lados da picada. Pena vê-los incomodas e passarem desordeiramente por cima do pacífico capim. Quem me derá da próxima ver voltar a ver enormes manadas de outras espécies? 
  


Maior parte dos estudantes locais que visitaram a Serra

As Cascatas de Murombodzi foi o local onde os estudantes, depois de uma longa descida, tiveram que repousar, tomar seu lanche e começar a fazer resumo da excursão.