sábado, 23 de outubro de 2010

Como RECUPERAR uma natureza frustrada pela acção do Homem? Estanque tal acção nociva e reintroduza as espécies críticas.

 VII Livro
           
14 e 15 de Novembro, 2008
 Capítulo 1
Depois de dois safaris no PNG

Oh! Há ONZE ANOS atrás só havia borboletas e pássaros no PNG!!!

Afirmou o editor do Jornal Digital Autarca, Falume Chabane, depois de dois passeios pelo Parque concedidos a ele e sua família (Vera Patrícia e a pequena Estefânia) pela direcção do Parque Nacional da Gorongosa (PNG), na pessoa do Director para as Comunicações desta instituição, Vasco Galante.

Dois Safaris na Sexta-feira à tarde e Sábado de manhã, 14 e 15 de Novembro respectivamente, mais do que contemplar surpreenderam a experiência anterior do editor que há quase onze anos teria passado pelo Parque da Gorongosa e tido passeios pelas picadas onde só conseguira ver algumas borboletas e pássaros. 
Volvidos onze anos, agora o cenário mudou completamente. Desde as grandes melhorias de reabilitação e construção verificadas no acampamento de Chitengo indo ao universo animal dentro do Parque.
Rondável onde o editor e sua família estiveram acomodados durante a sua estadia  em Chitengo (Foto DJMuala)

Restaurante onde os VIP passaram suas refeições durante o pouco tempo que visitaram o PNG (Foto DJMuala)
Da esquerda à direita: Falume Chabane, Vera Patrícia com Estefânia, Vasco Galante (Foto DJMuala)

De regresso do último passeio pelo Parque, cerca das nove e cinquenta e oito minutos, depois de percorridos mais de quarenta e oito quilómetros preenchidos por  variedades de espécies animais diferentes que surpreenderam o ilustre que outrora só vira borboletas e pássaros, para maior espanto seu, este facocero parecia querer entrar no rondável de Falume Chabane para ajudar a carregar as pastas da família (que se preparava para regressar para Beira) ao carro.
 
O facocero, que se pode contemplar mesmo dentro do acampamento (Foto DJMuala)

Capítulo 2
Um dos mitos do acampamento de Chitengo

O facocero acima é membro de uma das famílias naturais do acampamento de Chitengo. O espiritismo e mistérios ligados a este acampamento fazem com que muitos irracionais convivam pacificamente com os diversos racionais que vivem ou visitam o Chitengo, portanto não existem ainda rumores dos irracionais terem entrado em confronto directo com os homens. Mesmo animais como elefantes que gostam de jogar no campo de futebol de Chitengo, as leoas que visitam o restaurante, as tantas cobras que coabitam com humanos neste acampamento nunca entraram em choques. Respeitam-se mutuamente neste lugar concorrido e ponto de encontro e há quem mesmo defenda que é a força espiritual que sempre caracterizou este Parque e as suas gentes: os humanos neste lugar misterioso têm uma forte fé na protecção que os espíritos dos seus antepassados lhes fazem e quando o medo lhes assume, invocam os seus protectores através da cerimónia conhecida por Ntsembe. Por isso, não hesite, venha ver como é possível um convívio pacífico entre homem x animal no acampamento contrário aos conflitos homem x animal frequentes nas comunidades a volta do Parque.
Jabirús e uma piva ao lado direito  (Foto DJMuala)

Capítulo 3

Já no sábado de manhã, Chabane e sua família voltam a embarcar para o segundo passeio pelo Parque. Devido à demora de chuvas neste ano, ainda é possível passear pelas picadas do Parque sem usar tracção nem a duas rodas. As picadas continuam secas permitindo a que o Parque não tenha como ocultar a sua variedade de ecossistemas e os animais mais frequentes em cada um dos cinquenta e tal ecossistemas diversos. Pelo menos foi assim que o próprio Falume Chabane e sua família provaram-nos em dois passeios pelo ressuscitante Parque.
A família Chabane no interior da viatura (Foto DJMuala)

As surpresas não demoraram. Logo quinze minutos depois de deixarmos Chitengo e na picada 3, Vasco Galante teve que parar o motor do carro para numa distância de 15 metros contemplarmos o famoso rei da selva com sua esposa relaxado.
Este casal saudou o casal que estava no Nissan enquanto Vasco, Estefania e eu ficamos os únicos solteiros da manhã (Foto DJMuala)
Um macaco-cão ao fundo entre as duas imbabalas (Foto DJMuala)
Duas pala-palas a se telefonarem (Foto DJMuala)


               
Duas imbabalas fêmeas (Foto DJMuala)
Uma manada de impalas ao fundo (Foto DJMuala)
Outra imbabala (Foto DJMuala)


Uma manada de pivas debaixo das árvores (Foto DJMuala)
                                
Um coucaul  entre os ramos da árvore (Foto DJMuala)
Muitas sécuas e patos a beberem água (Foto DJMuala)

Várias  manadas de elefantes deambulavam lado a lado neste ecossistema, comendo e bebendo em lagoas naturais espalhadas pela picada 4 (Foto DJMuala)

Macaco de cara preta (Foto DJMuala)

Outro macaco de cara preta (Foto DJMuala)


Cônsul de Portugal na Beira e sua esposa a contemplarem um bando de 3 leoas (Foto DJMuala)

Uma imbabala fêmea (Foto DJMuala)

Dois oribis (Foto DJMuala)

Capítulo 4

Para além destes animais, vimos ainda cudos, hipopótamos, crocodilos, cobras, inhalas, changos, pássaros diversos, macaco-cão, facoceros, etc., tendo nos faltado ver bois-cavalos e búfalos porque estes frequentam mais no Santuário e poucas vezes nas picadas dentro do Parque.
Terminada a jornada, deu para o nosso visitante entender o grande esforço de restauração do Parque em todas as vertentes: na vertente animal pelo fortalecimento da fiscalização, pelas frequentes reintroduções de animais e devida monitoria e controlo via satélite. No acampamento Falume Chabane conseguiu ver que já existem muitas melhorias e mudanças bastante significativas a nível de condições para acomodar os turistas. Chabane não teve tempo suficiente para visitar os dois acampamentos de trabalhadores nem a escola e centro de saúde em Vinho, infra-estruturas que há onze anos atrás também não existiam e que servem de exemplos actuais do grande esforço de restauração do Parque.

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